Tua indiferença

A tua indiferença dilacera-me...

Esquarteja esse coração já ferido, que sangra

Por não mais ouvir de ti uma palavra se quer de carinho

Por não mais receber tuas caricias, teu aconchego.

Sinto falta do teu cheiro, do teu beijo...

Mais te vejo assim tão ausente...

Não pela distancia que separa os nossos corpos,

Mais pelo abismo que criastes entre nós

Essa cava gigantesca, e que aumenta

Numa celeridade bárbara...

A tua frieza petrifica-me.

Congela-me e faz-me inerte

Sem ação ou reação a tamanho desprezo

E eu que nos via como uma chama acessa

Vejo que hoje somos cinzas apenas...

Restos mórbidos...

De sentimento pronunciado...

E elevado a juras eternas...

É pra ti que ainda guardo esse amor sentido.

Até que o possa destruí-lo de vez.

(JiN Oliveira)

Araci-Bahia

20 de setembro de 2010

JiN Oliveira
Enviado por JiN Oliveira em 23/11/2010
Código do texto: T2632345
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