Ode aos irracionais

Aperto no peito

Sensações estranhas

A boca pede um grito

Há algo nas entranhas

Cheiro de morte

Previsão de dor

Falta de sorte

Visão do horror

Coração aberto

Perdido na esquina

O mal está perto

Mas isso fascina

O fim e o começo

Estão presentes na vida

Por isso eu esqueço

Do ponto de partida

No tudo e no nada

Em todo o universo

Está bem guardada

A verdade ao inverso

Oceano de espelhos partidos

Que refletem imagens

Nos olhos contidos

De seres selvagens

Que não sentem medo

E não pensam em parar

Não diferem tarde ou cedo

E não podem sonhar

Grande sorte desses animais

Que nasceram sem raciocinar

E não se perderam no cais

Da maldição de pensar.

Stephany Eloy
Enviado por Stephany Eloy em 21/11/2010
Código do texto: T2629075
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