Paz para a minha fome!

Minha fome é de amor

Fome de ver gente contente

De encontrar o mundo menos doente

Fome de gente sendo gente

Fome de pequenos prazeres

Sentar na calçada

Desfiar prosa sem dizer nada

Sair sem medo de ser assaltada

Fome de firmeza no governo

De generosidade

De igualdade

De gente sem mofo e arrogância

Não é fome de gente que gosta de aparecer

Onde o ter é maior que o ser

Essa fome que tenho

Chamo de compaixão

É minha a fome

Mas é do mundo a razão...

Paula Castanheira
Enviado por Paula Castanheira em 18/11/2010
Reeditado em 18/11/2010
Código do texto: T2622930