Passado

Como se fosse justo
Preencher-se de utopia
E ser amada honestamente
Por um amor sem alegria

Como se fosse pouco
Recobrir-se de paixão
E ser amada à revelia
De um amor que entardecia

Como se fosse fácil
Esse grito inesperado
Essa dor em carne viva
A palavra incompreendida
E o céu sufocado na boca
Rouca...

Como se nada fosse
Tão maior e inominável
Que a liberdade de ser
Uma alma inquieta e só
a buscar...

A verdade e o encanto
De tudo que acreditou
E não se revelou
De todo o amor que sentiu
E esqueceu...

Como se cada lembrança
Fosse uma vida passada
Num sonho distante...
Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 16/11/2010
Código do texto: T2619204
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