Boi selvagem
Era uma velha cidade abandonada,
Sem mais os caminhos e trilhas,
Aonde eu ia num ranchinho de nada,
No meio da mata das forquilhas...
Aquilo foi da vila tudo o que restou,
Da antiga feitoria que me viu nascer!
Aquela gente que por mim passou,
E subindo nas árvores me viu crescer...
Não, não estão mais lá pra me receber,
Sorrir feliz das minhas brincadeiras...
O tempo tudo leva! Agora pude perceber.
É um povo estranho subindo as ladeiras,
E eu sou boi selvagem, indiferente a tudo,
Em passos lentos vou ao matadouro, mudo.