ATO

Apagarei a luz do meu camarim,no exato momento que dizeres: Sim

Fecharei os olhos e o corpo para todos os outros contatos, serei tua de fato

Escreverei poesias,comporei canções suaves,como tua aura prateada,ficarei contigo,e mais nada.

Cerrarei a cortina do palco iluminado,e viverei no escuro da coxia,exatamente do jeito que querias.

Rasgarei as cartas antigas,quebrarei as xícaras sem asas,devolverei os discos arranhados,para te sentir mais ao meu lado.

Não sei explicar porque tudo tão de repente, e forte como foi,tenho receio de me machucar,ficar no ato final sozinha,num monólogo patético,por não conseguir rimar: “...Fica comigo,não vá embora,com apenas um simples: Te quero”.... Na mocidade aprendemos, na velhice compreendemos”.

Maíra Monteiro
Enviado por Maíra Monteiro em 12/11/2010
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