A torneira

No teu olhar, o olhar do outro, a presença minha se oculta em tuas conjecturas.

Silencia o coração do solitário fabricante de ilusões.

Pergunto, e o caos atende-me quando clamo.

As sombras são pessoas que passam por aí.

E, o doce da manhã, amarga ao meio dia, no meio fio de uma calçada quente.

Cuspiram lá.

Deixaram a poeira de suas preocupações.

Estamos perdidos na razão Pós-Moderna.

Invertemos as coisas?

Criamos outro homem?

Não!

As baratas habitarão o mundo e o encherão de baratinhas.

Os escorpiões farão suas casas em nossas camas.

Se não acordarmos do anátema de sermos humanos exageradamente.

Tente!

Juntamos pedras e delas fizemos naves espaciais.

Somos senhores das máquinas.

Mestres sobre a vastidão do planeta.

Empolgados pelos nossos delírios megalomaníacos, nos esquecemos de fechar a torneira.

A água se foi, e morremos de sede...

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 11/11/2010
Reeditado em 13/11/2018
Código do texto: T2610170
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