TÉDIO MORTAS

Tédio!

tédio mortas,

sagaz desencanto.

Tédio da vida, tédio de tudo,

da folha caindo, do vento levando,

da estrela no céu, da lua brilhando,

do sorriso infantil, da criança brincando,

da angústia no peito, da noite chegando,

da mesa do bar, do sussuro num canto.

de gemidos nuturnos, de bocas beijando.

Tédio!

desalento da vida,

desencanto de tudo,

da brisa noturna, do vento soprando,

da flor jardineira, da borboleta voando,

da montanha distante, do pássaro cantando,

da beleza do mar, dos encantos do mundo!

Tédio!

tédio mortas,

sagaz dencanto,

desalento da vida,

desencanto do mundo.

Tédio do nada, tédio de tudo,

do silêncio da noite,do tempo passando,

como correnteza de rio ou fonte jorrando.

Tédio mortas!

tédio da alma.

Tédio sagaz no embargo da fala,

no silêncio noturno, na lembrança passada,

na terrível triteza, no choro e na lágrima,

na garrafa vazia num canto deixada,

na corda suspensa no caibro da sala,

na alma perdida, na alma calada,

no negro inferno...

sendo julgada!

Jaíres Rocha
Enviado por Jaíres Rocha em 10/11/2010
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2608391
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