ANTI-RELIGIÃO
O que me faz pagão
Não é o fato de crer em Deus
E ter amor aos seus,
é não defender uma religião.
É verdade então
Que meu corpo pagão
Mesmo doando o coração
Não merece perdão.
Profetizo o que eles não,
Pois meu mundo
Não espera segundo,
Nega-se a destinar-se.
Enquanto eles rezam ou oram,
Fingem que pregam,
No meu absurdo
Eu vivo e produzo.
Diferente do seu modo de vida,
Eu batalho,
Mesmo com o amargo palato
Desta discórdia presumida,
Me nego ao furto,
Ao “falácio”.
Sou pagão,
Sou sincero,
Minha anti-religião
É o meu clero.