Poema de Desolação em Massa
Apesar do esforço para tentar avisar
Que seria arriscado ultrapassar
A linha de fronteira entre os olhares
(Olhares que combatem entre si o tempo todo)
Enganou-se
E fez enganar com a possibilidade
De viver somente de vistas repentinas
Mas que caiam por chão diante do fim de tarde.
Se desviou de mil encontros
Achando que seria melhor assim
Mas tudo estava apenas começando...
Apenas começando.
Onde foi que o controle se perdeu?
Foi ao avistar pela primeira vez,
Ou ao deixar que toda a beleza subisse à cabeça?
Se ao menos conseguisse ter outra coisa em mente
Seria fácil visualizar um fim
Mas se tornou como um túnel
Tem se tornado como um trem
Um trem bala controlado para parar,
Somente ao chegar a seu destino
Destino esse que parece se distanciar
Devido a indiferença das vistas repentinas
E das falsas possibilidades
De poder enganar o que é certo
E intransferível