Meu caminho
Na escuridão da noite tenebrosa
Tropeço e caio. A face ao céu erguida
Eu vou seguindo a estrada dolorosa
Cheia de espinhos, a que chamam vida.
Passam luzes. Algumas cor-de-rosa,
Brilhantes, nesta noite enegrecida.
Iluminam a estrada sinuosa
Mas vão juntar-se às trevas de seguida.
E eu paro. E eu sonho: estas luzes que passam
Talvez levem as trevas do caminho
Que de perguntas a vida embaraçam …
Eterna sonhadora ! Como posso crer
Naquelas luzes que vejo desaparecer
Na noite má da vida, de mansinho ?…