Desenganos
O teu verso não diz
no meu não encontro
a cor indistinta de qual rumo tomar.
Caminho em direções diversas
na esperança de acasos fortuitos.
Incendeio o rastro para não voltar.
Ainda assim teimo: meu amor não morreu...
Em momentos átonos, sem significados
prossigo abraçando imagens de um passado
de cores indefinidas aspiradas pelo tempo.
As mãos clamam pela culpa
o coração sangra o amor desvairado.
Soluço alegorias desenhando desesperos
interrogando os meus poderes.
Os passos continuam no trajeto das heranças.
Nas vitrines pretendentes reticentes em escalas míopes.
Não choro,
não desfraldo a bandeira de minha rendição.