ALGOZ
Teu rosto desapareceu
Nas brumas da noite
Apagado por palavras esculpidas
Tempo de esquecimento...
Vagando sozinha
Por uma rua apagada
Vi você transformado em algoz
E em suas mãos
O inconfundível punhal
Que assassinou meus sonhos
Matando o meu amor.
E eu, quebrando a gravidade
Da escuridão, lancei
Luminosidade aos cantos
Becos e esquinas
Sai para a claridade,
Deixando a tua imagem
Lá, no escuro...