Meu Ritmo
Meu ritmo
Meu coração começa a acelerar
Meu sangue drasticamente bombeia
Sinto algo que é impossível explicar
Uma lembrança remota me rodeia
Lembro de algo em um passado distante
Em que palavras foram minha guilhotina
Um dia em que o som de sua voz foi o bastante
Para começar a desilusão que me destina
O frio, o asco e oh, a impiedade
Foi seu arco, sua maldade
Que rasgou o fio de cabelo da minha sanidade
Tal qual Florbela estou a lastimar-me
De uma angustia que para boa nunca inova
Sou como Isabella a chorar-me
Afundado em minha lua nova.
Agora me estou aqui a lembrar de algo mórbido,
Com o coração que se afoga,
Lembrando de como as palavras fizeram óbito
De uma alma que no escuro se engloba.