*Esquecer-te*
Queria esquecer-te
como o sol da primavera.
Queria provar do sabor
de tua saudade,
como borboletas voam ao dia.
Mas em meu pranto,
chorar a solidão
que tenho de ti.
E de tua falta,
trazer-me a felicidade.
Mas como posso,
sem esperar-te pela noite?
Como devo,
sem degustar de teu beijo?
Como esquecer-te,
quando vejo-te
Pelas paredes de minha vida?
Meu destino,
cruzado,
compartilhado,
e solitário.
Esquivar de tua sombra,
penetrar em teu desejo,
Como posso?
Sentirei saudade,
mas a espera,
espera-me.
Sentirei desejo,
e o desejo, por sua vez...
Não deseja-me.
Sentirei o soluçar da alma...
E a alma, não pertence-me mais.
Serei dramático,
no drama que escolherei.
E, meu amor,
dorme iludido com tua volta.
Volta que não quer voltar.
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Publicado no Livro:
2011- Madrugadas Tardias (Fábio Aiolfi)