Atalho

De fininho em fininho fui indo

Em baseados busquei aventuras

Caído, cheguei à cocaína

E por propina a loucura.

A luz ardia nos olhos

Tornei-me pássaro noturno

Na mágoa do infortúnio

Segui os desejos da carne.

Não via um palmo à frente...

Falava "pô", cheira "pó", fedia a "porra"!

Foi-se o francês, o sonho, o beijo!

Até o cheiro de gente.

E quando renascia a esperança

Nesta sombra vasculhando madrugadas

Veio o tombo, veio outro e mais outros

Sou uma cruz numa certa encruzilhada!

Clodoaldo Dias dos Reis

Dias Reis
Enviado por Dias Reis em 19/10/2010
Código do texto: T2564803