Atalho
De fininho em fininho fui indo
Em baseados busquei aventuras
Caído, cheguei à cocaína
E por propina a loucura.
A luz ardia nos olhos
Tornei-me pássaro noturno
Na mágoa do infortúnio
Segui os desejos da carne.
Não via um palmo à frente...
Falava "pô", cheira "pó", fedia a "porra"!
Foi-se o francês, o sonho, o beijo!
Até o cheiro de gente.
E quando renascia a esperança
Nesta sombra vasculhando madrugadas
Veio o tombo, veio outro e mais outros
Sou uma cruz numa certa encruzilhada!
Clodoaldo Dias dos Reis