Cruel adaga…
Essa adaga crua e fria,
que feriu seu coração;
Esfacelou ilusão,
da mulher… que se queria.
Que se banhe no seu sangue,
faça a desdita poema…
Seja pena e o tema,
dessa alma, já exangue.
Fere e mata de uma vez,
em crueldade perfeita;
Foste por ele a eleita
e a vida, tão mal lhe fez.
Nesta vida o que espanta,
é ser tão linda e cruel…
Bebe da vida o fel,
com seu grito… na garganta.
Vem adaga, fere e mata,
este poeta sem norte…
Cem vezes prefere a morte,
que essa mulher, que o maltrata.