Eu sinto.
Eu sinto a marca daquela dor.
E sinto a dor daquela marca.
Eu sinto a dor da tristeza.
E a tristeza da dor.
Em mim ainda resta o pavor trazido por aquela injustiça.
Pois, que eu sinto a dor do desprezo, do descaso e da maldade.
Pois, que eu sou filho da in-felicidade.
Eu vim para o mundo nascido da luz, mas fui jogado nas trevas por uma sociedade sem coração.
Eu sou a marca da rejeição.
Sou a tristeza sem perdão.
Sou a solidão nascida na mais fria escuridão.
Pois, que o que eu sinto é a dor: a mais pura e suja dor.
Dor imposta, manipulada e trazida por um mundo injusto e cruél.
Eu sou filho daquele sonho que os outros mataram e transformaram em pó.
Eu sou essa ferida cortante, dilacerante e angustiante.
Pois, que o que sinto é a mais pura e suja dor.
E para todo esse re-sentimento não há cura, não há remédio, nem esperança.
Pois, que eu sou essa ferida pulsante, dilacerante e angustiante.
Eu vim para o mundo nascido da luz, mas fui jogado nas trevas por uma sociedade sem coração.
Eu sou a marca da rejeição.
Sou a tristeza sem perdão.
Sou a solidão nascida da mais fria escuridão.