Eu sinto.

Eu sinto a marca daquela dor.

E sinto a dor daquela marca.

Eu sinto a dor da tristeza.

E a tristeza da dor.

Em mim ainda resta o pavor trazido por aquela injustiça.

Pois, que eu sinto a dor do desprezo, do descaso e da maldade.

Pois, que eu sou filho da in-felicidade.

Eu vim para o mundo nascido da luz, mas fui jogado nas trevas por uma sociedade sem coração.

Eu sou a marca da rejeição.

Sou a tristeza sem perdão.

Sou a solidão nascida na mais fria escuridão.

Pois, que o que eu sinto é a dor: a mais pura e suja dor.

Dor imposta, manipulada e trazida por um mundo injusto e cruél.

Eu sou filho daquele sonho que os outros mataram e transformaram em pó.

Eu sou essa ferida cortante, dilacerante e angustiante.

Pois, que o que sinto é a mais pura e suja dor.

E para todo esse re-sentimento não há cura, não há remédio, nem esperança.

Pois, que eu sou essa ferida pulsante, dilacerante e angustiante.

Eu vim para o mundo nascido da luz, mas fui jogado nas trevas por uma sociedade sem coração.

Eu sou a marca da rejeição.

Sou a tristeza sem perdão.

Sou a solidão nascida da mais fria escuridão.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 07/10/2010
Código do texto: T2543613
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