O que é seu?

Há tempos estou alheio ao mundo

E a tudo que existe nele, até a mim.

Os anseios pelos quais lutei, nem sei!

Não sei por que os desejei, não sei!

Das batalhas que travei, nenhuma me deixou mais que feridas incuráveis

E pra que continuar se a fome é sempre tão insaciável?

Se é mais fácil fazer desta hora e deste momento

A hora de parar,

Desejar somente o necessário e indispensável?

Já não trago mais em minha mochila com marmita fria

O peso do que não tenho

Já não encho minhas sacolas de feira

Se não de frutas e alimentos

A gana é a chama que consome

A juventude das mulheres

E a felicidade dos homens

É um beijo sem desejo,

Que se dá pela conveniência das circunstâncias.

É a necessidade criada a esmo,

Pela vontade de encher a pança.

A gana é o que alimenta o ego

Pois quem quer mais, quer para ser mais

Ora... Sendo ser, uma entrelinha num caderno de 10 matérias de ter infinitamente

Nunca fui nada

Pois tudo o que tive, de verdade?

Nunca fora meu...

O que é seu?

Geremias Costa
Enviado por Geremias Costa em 06/10/2010
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T2541845
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