Gotas de sal!
Gotas de sal, do olho partido
Na esperança rasgada,
Nem seda, nem crepe,
Linhas no chão de terra,
Trilhas apagadas ao vento...
Gotas de sal, do peito dilacerado
Na dor que corrói o tempo
Do tempo que passou.
Vestígios de cal na memória esquecida,
Versos sem rima, é o que restou...
Gotas de sal, do sorriso minguado
Na certeza que o dia finda
E a vida de tão curta me anima
Eu sou o centro da certeza pura
Eu sou o centro da ingênua cura
Eu sou, eu sou, eu sou...