Fala sério!
(mudando de par)
Conhecemos alguém.
Somos levados a um passeio a dois.
Nos labirintos dos jardins da vida.
Ora coloridos, ora em preto em branco.
Superamos. Ficamos felizes.
Muitas vezes ousamos e vamos morar debaixo do mesmo teto.
Cumplicidade. Conquista. Entrega.
Soma de dias de dialética.
Exercício do que é meu e do que é seu.
Pensamos, estar seguros, e, sem mentiras.
Confrontos transparentes que limpam a alma.
Na hora limite, traídos.
É no simples toque do telefone que tudo desmorona.
Ora desligado. Ora perdido em algum lugar.
O telefone nunca atendido. Porquê?
Qual a desculpa?
Muitas. Fora de área. Bateria fraca.
Esquecido em algum lugar.
Muitas vezes, culpa da companhia telefônica.
E o pior acontece. Silêncio. Desligado com as próprias mãos.
E ai, uma discussão que não leva a nada.
Você desligou? Não, eu não.
Onde você estava? No lugar de sempre.
Com quem você estava? Com ninguém...
Nada mais importa. Palavra alguma consertará essa desconfiança.
Minha cara metade nunca existiu. Foi apenas um delírio.
Essa pessoa tem medo do confronto. Medo da verdade.
Mente até para a própria alma.
Trim! Agora você liga.
Tudo bem. Também quero te ver.
Meu advogado estará junto.
Testemunha de um divórcio inevitável...
Falo sério, muito sério...