Restos de uma obra
Um artista retratou uma amada
E como em conto de fada...
Botou-se a amar uma musa
Uma ternura em obra confusa
Na imagem da tela se atrela
Do amor retratava o rosto dela
E a vida desenhada em cores
Diluindo fel com licores
Ao prazer de seus delírios
Do devaneio se fez voluntário
Vítima das perfeições projetadas
A realidade não lhe deu nada
Uma tela de ternura estampada
dela apenas uma sombra sobrava
não pintou a mulher que amava