Um tempo que ficou perdido em mim
Maquiadas as conveniências,
dispusestes de meu tempo como se ele nada valesse.
Um breve prazer, teu parco, mas notório interesse.
Os beijos e abraços em que sempre cedias,
quando fingias que nada pedias
para suprir tuas dependências.
Nada mais fui que o néctar de tuas carências,
privado por ti de tantas outras convivências,
por acreditar imensamente que era amor,
por imaginar profundamente que era amado.
E esse tempo que foi perdido na mentira,
pode ser que por muito tempo ainda fira,
por não ter sido para mim um grande favor,
mas essa parte do que precisa ser apagado.