De repente
As limitações das paredes do quarto,
As limitações da mente morna,
As limitações do corpo imóvel,
A vida correndo lá fora,
O estreitamento que o frio nos traz,
A gélida e pálida realidade,
A obscuridade que o rio passou a ter,
A falta de nexo entre e real e imaginário,
A falta de um bem maior,
A repentina desestruturação de algo que parecia tão sólido,
Os indícios nos levam a essa prisão,
A prisão mais temida,
A prisão dos sentimentos mais gritantes possíveis,
A prisão que cala a voz do poeta!