De repente

As limitações das paredes do quarto,

As limitações da mente morna,

As limitações do corpo imóvel,

A vida correndo lá fora,

O estreitamento que o frio nos traz,

A gélida e pálida realidade,

A obscuridade que o rio passou a ter,

A falta de nexo entre e real e imaginário,

A falta de um bem maior,

A repentina desestruturação de algo que parecia tão sólido,

Os indícios nos levam a essa prisão,

A prisão mais temida,

A prisão dos sentimentos mais gritantes possíveis,

A prisão que cala a voz do poeta!

Devaneios de uma Estróina
Enviado por Devaneios de uma Estróina em 24/09/2010
Código do texto: T2518287
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