Perdição

Estou entregue

às traças, às moscas, aos ratos, ao tempo

[e a Deus.

E sou, de todas as criaturas

– que se movem –

a mais sórdida...

Contenho, a muito custo, meus demônios

e nem mesmo sei até quando

os suportarei comigo...

enjaulados...

Se um dia – à luz do sol ou da lua –

(Não importa!)

Segregar-me eu deles...

Temo que será este o dia da minha

real, pura e inteira perdição...

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 24/09/2010
Reeditado em 28/09/2010
Código do texto: T2517111