SINAIS
Depois de tanta espera,
saí a procura da causa
dos meus desencontros.
Desbravei dentro de mim,
estradas de silêncio,
desconhecidas e feridas.
Caminhei sem olhar os pés,
em linha reta, sem pressa.
Avistei um verde lodo,
piscando inocente,
dizendo siga, dizendo sim.
Segui atalhos, em forma de galhos,
gastos pela espera e o tempo.
Atravessei montanhas ondas,
escorregadias e sinuosas.
Rompi barreira de folhas secas,
desidratadas e prisioneiras
arquitetadas pelo vento.
Avistei uma luz vermelha
dizendo pare! Dizendo não!
Olhei exausta para os meus pés...
...e mais uma vez,
Obedeci as ordens
dos meus limites.