Desapontamento
Infelizmente por agora é o que posso descrever,
Uma imensa tristeza toma conta do meu ser.
Não pela solidão que me acompanha,
Mas por essa façanha
Que as pessoas tem de iludir,
E, eu ainda tentando fugir...
Pensei que já estava forte
Pra te encarar de frente,
Mas o que se passa comigo
Pode dar-se por evidente.
Se é mágoa ou algo que se assemelha,
Não sei bem como descrevo,
Mas ainda sinto desejo
E por isso não te encaro,
E você não facilita
Vive fazendo arregalo
Tentando carregar o mundo
E o conduz ao seu lado.
Cruzar com você
É como querer atravessar a rua
Com o farol aberto.
Correndo o risco de um acidente,
Onde pode se sair muito ferido
Ou apenas com arranhões leves.
Mas, quem sabe em breve
Eu atrevesse a rua
Sem esperar que o farol feche.
E no mesmo sinaleiro
Volte de novo a viver
Sem medo do trânsito,
Sem procurar uma faixa para a travessia.
Ai passa-se a agonia,
De estar frente a você.
Por ora quis fazer-me de forte,
Mas só massacrei o meu peito,
Por uma falta de respeito
Que eu por mim possa ter.
O teu mundo fica lá dentro,
Dentro de um movimento,
De pessoas de nomes trocados
Num mundo fantasiado.
No qual já não quero viver.
Mas o mundo aqui fora
Também me é tão cruel,
Pois foi na realidade vivida
E te incluir em minha vida,
Foi o erro que pude cometer.
Mas errando se aprende,
Se não tentamos não sabemos
O que é que se pode ter...
Mas nos surpreendemos
A cada passo do viver.
Por ora estou despedaçada,
Um pouco da vida desagrada
Também um pouco de você.
Desapontamento?
Talvez essa seja a palavra
Para ficar estampada
Neste poesia sem conexo.
E a única coisa que eu peço:
É que me deixem viver...