Desapontamento

Infelizmente por agora é o que posso descrever,

Uma imensa tristeza toma conta do meu ser.

Não pela solidão que me acompanha,

Mas por essa façanha

Que as pessoas tem de iludir,

E, eu ainda tentando fugir...

Pensei que já estava forte

Pra te encarar de frente,

Mas o que se passa comigo

Pode dar-se por evidente.

Se é mágoa ou algo que se assemelha,

Não sei bem como descrevo,

Mas ainda sinto desejo

E por isso não te encaro,

E você não facilita

Vive fazendo arregalo

Tentando carregar o mundo

E o conduz ao seu lado.

Cruzar com você

É como querer atravessar a rua

Com o farol aberto.

Correndo o risco de um acidente,

Onde pode se sair muito ferido

Ou apenas com arranhões leves.

Mas, quem sabe em breve

Eu atrevesse a rua

Sem esperar que o farol feche.

E no mesmo sinaleiro

Volte de novo a viver

Sem medo do trânsito,

Sem procurar uma faixa para a travessia.

Ai passa-se a agonia,

De estar frente a você.

Por ora quis fazer-me de forte,

Mas só massacrei o meu peito,

Por uma falta de respeito

Que eu por mim possa ter.

O teu mundo fica lá dentro,

Dentro de um movimento,

De pessoas de nomes trocados

Num mundo fantasiado.

No qual já não quero viver.

Mas o mundo aqui fora

Também me é tão cruel,

Pois foi na realidade vivida

E te incluir em minha vida,

Foi o erro que pude cometer.

Mas errando se aprende,

Se não tentamos não sabemos

O que é que se pode ter...

Mas nos surpreendemos

A cada passo do viver.

Por ora estou despedaçada,

Um pouco da vida desagrada

Também um pouco de você.

Desapontamento?

Talvez essa seja a palavra

Para ficar estampada

Neste poesia sem conexo.

E a única coisa que eu peço:

É que me deixem viver...

Lu DSousa
Enviado por Lu DSousa em 18/09/2010
Código do texto: T2506637
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