NOITES ESCURAS
A NOITE CHEGA.
SOZINHA EM MEU QUARTO
CONHEÇO AS SOMBRAS
QUE UMA LUZ DISTANTE
JOGA POR SOBRE A MESINHA
ONDE ESTÁ O COMPUTADOR.
A SOMBRA E EU,
JUNTAS NUMA NOITE SÓ.
O SILÊNCIO VEM VINDO
MANSINHO
DEVAGAR
FINGE QUE VAI PASSAR
MAS NÃO PASSA.
FICA
FICA
FICA.
A NOITE CHOVE.
LÁ FORA HÁ SOM,
AQUI HÁ O SILÊNCIO.
ESTOU SÓ, DE NOVO.
MAIS UMA VEZ!
COMO SUPERAR ESSE SILÊNCIO?
POR QUE AS SOMBRAS VEM?
SERÁ QUE NOTAM
QUE ESTOU SEM COMPANHIA?
SOMENTE UM TELEFONE
UMA TV E UM COMPUTADOR...
O BRILHO DE UMA LUZ AO LONGE,
A JANELA QUE NÃO VÊ NADA,
SOMENTE O NEGRO DA NOITE.
ESTOU SÓ,
SEM PENSAMENTOS,
SEM NADA, SEM VOCÊ.
E PENSEI QUE TERIA COMPANHIA,
NÃO NA NOITE,
MAS NO SILÊNCIO.
É DURO O SILÊNCIO DE UMA NOITE SÓ.
É TRISTE SER SÓ EM SILÊNCIO.
SINTO-ME MORTA
SEM ESTAR.
NOTO O FRIO QUE ESTA CHUVA DÁ.
ARREPIOS EM MEU CORPO
CASACO AO LADO,
COBERTA JOGADA AO CHÃO
CAMA DESARRUMADA.
MINHA VIDA BAGUNÇADA.
QUANDO IRÁ PASSAR?
PERGUNTO-ME E NÃO TENHO RESPOSTA.
ENTÃO UMA LÁGRIMA CAI
NA NOITE ESCURA,
EM SILÊNCIO, SEM CHORO.
SÓ UMA LÁGRIMA AGORA A ME ACOMPANHAR,
COMO A SOMBRA, O SILÊNCIO,A LUZ, A CHUVA.
TODAS COMPANHIAS SEM PAR.
(milena medeiros-17/09/10-00:15h-publicada no blog Pedaços de mim -desejos e amores - às 00:39horas)
http://milena-poeta.blogspot.com/2010/09/milena-medeiros-noites-escuras.html