RESTA-ME POUCA VIDA

Resta-me pouca vida

Ilha que fui e que sou.

Entediado de mim mesmo,

Resta-me menos, ainda.

Sobrevivo incomunicável,

Castro sóbrio, sisudo,

Aparentemente sólido,

Todavia, indefeso e volúvel.

Onde me perdi de mim?

Foi na infância, na adolescência?

Ou teria sido na ciência?

Não sei responder e nem importa!

O certo é que fizestes falta,

Meu pedaço de vida perdido!

Deixa-me desfrutar de ti,

E viver o pouco que me resta

Completamente e... Completo!

Poesia publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos – Volume 29. Agosto de 2006. Pág. 23. 1a. Ed. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, 2006.

Mallmith
Enviado por Mallmith em 27/09/2006
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