VER - ME
Ó espelho, te maldigo no reflexo
Os desamores de caminhar só
No paraíso de minha touceira
Descarrilado para o abisso
As rusgas do tempo me vêem
Convertendo-me em fantasma
Sem ti, sem ela... Sem nexo
Neste cosmo de teu deus
Por que então digladiar
Se os parasitas não só eu
E estamos no mesmo plasma
Prenhes de nossas besteiras
Não sei se vou te chorar
Mas tenho o coração sangrado
Borbulha, querendo me sufocar
E suspiro ânsias e ais devidos
Ao rolar no chão de cusparadas
Pois, não me insurgi assim, ó pai
Dando-me conta do finito
Que é este meu ser vil e vão
Bardo às tramas dos palavreais
Mas que sucumbe a um grito
Pois não sou forte, finjo
Para enfrentar nossos algozes
Sou na verdade, um menino
Que luta e ruge tal um leão
A defender os seus filhotes
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V I S I T E