DILEMA
 
No decorrer dos meus dias negros,
cheios de medo da feia procela,
que encapela o mar dos segredos
e rui o rochedo de ilusões tão belas.
 
Vejo na angústia se perder a crença,
Que desavença! Que fatalidade!
Esta ansiedade é o que me prensa
contra as paredes da realidade...
 
Sinto o coração todo aborbulhado,
de sonho acabado, de ilusões desfeitas.
A alma rejeita os cordões bordados,
que foram formados de ações imperfeitas.
 
Esse dilema que em meu peito mora
é a voz que implora num mudo clamor,
pra que a solidão parta sem demora
dando seu lugar para um novo amor...


(imagem do google)