Há momentos
Há momentos em que o mundo
Embaixo dos nossos pés deixam de existir
E permanece apenas um silencio mortal
Um cheiro sem aroma.
Há dias que não se deve gritar
Apenas sentir a dor que emana do peito
Correndo entre o sangue
E as lágrimas que não podem cair
Há dias que o mundo perde a vida
O coração bate apertado
O ar falta ao peito
Num grande desprazer de viver
Há dias que tudo que devemos fazer
É morrer, deixar de existir
E se entregar a nostalgia da vida
Se entregar ao mundo em queda livre
Há dias que sua dor deve ser sentida
E vivida em segredo
Para não poder magoar ninguém
Para não poder amargurar o outro
Há dias que simplesmente são o que são.
E que não deveriam existir para o ser
Ou o ser não deveria ter um coração que bate
E suplica por vida, por amor, por atenção.