Há momentos

Há momentos em que o mundo

Embaixo dos nossos pés deixam de existir

E permanece apenas um silencio mortal

Um cheiro sem aroma.

Há dias que não se deve gritar

Apenas sentir a dor que emana do peito

Correndo entre o sangue

E as lágrimas que não podem cair

Há dias que o mundo perde a vida

O coração bate apertado

O ar falta ao peito

Num grande desprazer de viver

Há dias que tudo que devemos fazer

É morrer, deixar de existir

E se entregar a nostalgia da vida

Se entregar ao mundo em queda livre

Há dias que sua dor deve ser sentida

E vivida em segredo

Para não poder magoar ninguém

Para não poder amargurar o outro

Há dias que simplesmente são o que são.

E que não deveriam existir para o ser

Ou o ser não deveria ter um coração que bate

E suplica por vida, por amor, por atenção.

Bruxa do Silêncio
Enviado por Bruxa do Silêncio em 11/09/2010
Código do texto: T2491347
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