AMOR SEM REMÉDIO
Vive no meu coração um amor
Que não queria aceitar para amar
Mas não pude fugir desse afecto
E sem perceber fui conquistada
Não sei dizer se sofro ou sou feliz
Ás vezes é doloroso e doi muito
Doi no meu corpo, magoa o coração
Faz correr o sangue veloz nas veias
Acelera o pobre coração cansado
Para a digestão e fica na espera
Na eterna espera do impossivel
Na ternura da compaixão sentida
Velho amor como o melro
Aprisionado!
Em convenções, hábitos e preconceitos
Em palavras e modelos de pensamento!
Pessoas antigas, velhos corpos a morrer...
Aos pedaços dia a dia um torpor cotidiano
Amor porque te encontrei no fim da vida?
Amor, minha alma gémea sempre errada
No tempo e no espaço...não sei entender
Será que há mesmo outra vida para viver?
Porque tudo se repete eternamente?
Se eu já vivi isto antes e quis libertar-me
Porque me deixei de novo aprisionar...?
Não sei, como posso saber, como...
Sou só uma pobre mulher infeliz
Á procura da minha metade algures
Mas o meu destino segreda-me
Que mesmo que a encontre
Nunca a poderei tocar, beijar, amar!
Amar só mesmo assim, ao longe!
Um amor impossivel, platónico!
Triste? Não sei!
Talvez seja só mesmo...
Irónico..!!