Completamente submersa

Eu me sentia se não bem, ao menos protegida;

Submersa em uma bolha de ilusão;

Embriagada por sua voz; Por suas frases feitas, prontas para fazer-me prisioneira de seu ser.

Aos poucos, cada vez mais absorta em sua face cativante, esquecendo-me de tudo ao meu redor; Esquecendo-me de meu próprio ser, de minhas vontades, ambições futuras, promessas de nunca mais render-me de tal modo a alguém. Pretensão a minha! Querer me privar de algo que independe à minha vontade.

Queria poder, não privar-me de tal sentimento glorioso, mas sim saber reconhecer quando a falta de sentimento, caráter e escrúpulo abita um ser.

Se seria mais fácil? Não sei!

Nada sei dessa vida;

Nada entendo; Nem me permito tentar compreender tal grandeza inexplicavelmente forte, simples, mas com compreensão inacessível a simples mortais, que muitas vezes não sentem, ou não se permitem sentir, quem dirá conseguir explicar.

Não posso mentir dizendo a ninguém, nem a mim, que não sinta ou que não queira sentir; Queria apenas não sangrar ao entregar meu ser a alguém; meu sentimento; minha alma. Mas escolhendo não sofrer, estou privando-me de um dia ser feliz, prendendo-me nesse abismo em que me encontro, tentando encontrar um motivo para voltar.