"Irei lembrar "

Não me espanta a loucura
E
m vez disto, irei cantá-la.
Direi a ela que eu cansei
De chorar pela ternura
Escondida entre os escombros
Padecendo de soltura...Tanto
Ou nada, dão-lhe a graça da procura!
Suas sementes frágeis servem à cura.
Quando ilhados num temido vazio!
Onde o insano nada tem
Pra repartir com alguém
Em minha então loucura
Eu não mais lamento
Anônimos gestos do esquecimento
Nem me enquadro na visão desta tortura
Sou ela, sou eu, saciando a contento.
A ilusão que inebria e enlouquece
E faz com que eu beba o tempo
À última gota, que me permita à secura.
Então mastigarei ausências
Fartarei-me... Até quebrar
O que de mim transparece
E não mais, serei punida.
Simplesmente...Quero estar presente
E da vida irei lembrar...Se o amor voltar!
            **
30/08/2010

IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 30/08/2010
Reeditado em 01/09/2010
Código do texto: T2469019
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