Despedaçada
Nada como um pôr-do-sol solitário
Pra lavar meus olhos
Cobrir meu corpo arrepiado
Confortar meu ego ferido
Como pode você reter todo meu pensamento
Enquanto ando invisível
Na notoriedade obvia dos seus olhos
Faço-me visível em poemas
Não lidos
Faço-me possível em palavras
Incompreendidas
Faço-me tão tola em sorrisos
Escondidos
Faço-me tão menina
Em mãos não afagadas
Faço-me
Desfaço-me
Despedaço-me
Quando o sol renascer
Colha-me em pétalas espalhadas
Num caminho sem volta...
agosto de 2010