Tortura

O vento balancando as copas das arvores

oscilando as cortinas nas janelas trancadas.

Uma melodia flutuando pelo espaco enluarado

e uma silhueta bailando no vazio da madrugada

onde os tormentos atingem seu objetivo.

Um ser gritando na penumbra ausente

um ser enforcado em seu proprio orgulho

um ser decaptado em sua propria maldicao

enquanto se desfaz de suas dores, suas fraquezas.

Maos espalmadas diante dos corpos inocentes

boiando nos oceanos nefastos da tristeza

as minhas tristezas entre as minhas torturas

a tortura em existir, em acordar, em olhar

para o sorriso alheio e ter que rasgar todos

os versos escritos, todos os versos eternizados.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 26/08/2010
Código do texto: T2460098
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