Tortura
O vento balancando as copas das arvores
oscilando as cortinas nas janelas trancadas.
Uma melodia flutuando pelo espaco enluarado
e uma silhueta bailando no vazio da madrugada
onde os tormentos atingem seu objetivo.
Um ser gritando na penumbra ausente
um ser enforcado em seu proprio orgulho
um ser decaptado em sua propria maldicao
enquanto se desfaz de suas dores, suas fraquezas.
Maos espalmadas diante dos corpos inocentes
boiando nos oceanos nefastos da tristeza
as minhas tristezas entre as minhas torturas
a tortura em existir, em acordar, em olhar
para o sorriso alheio e ter que rasgar todos
os versos escritos, todos os versos eternizados.