Dorme o sol frio
Nos braços da lua
Um bêbado cambaleia

No meio da rua
 
Um cão abandonado
Olvida a fome e atua
Grudado à cadela
A raça perpetua
 
Um corpo doente
À dor se habitua
Na calçada suja
Esquecido, jejua

Uma puta triste
Já quase nua
No final da noite
Triste, se amua

A lua como a vida
Recolhe-se depois se estua
Como uma dor que avança
Depois recua!

 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 25/08/2010
Reeditado em 20/10/2023
Código do texto: T2459607
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