Dorme o sol frio
Nos braços da lua
Um bêbado cambaleia
No meio da rua
Um cão abandonado
Olvida a fome e atua
Grudado à cadela
A raça perpetua
Um corpo doente
À dor se habitua
Na calçada suja
Esquecido, jejua
Uma puta triste
Já quase nua
No final da noite
Triste, se amua
A lua como a vida
Recolhe-se depois se estua
Como uma dor que avança
Depois recua!