Meu Veneno

Eu nada tenho a dizer,

a não ser: chegou o Fim.

Nem um pouco importa a mim

se meu poema é veneno,

se meu poema é um corte

de morte, de morte, de morte.

Não há mais nada a fazer;

o tempo dá um grito e morre,

o sangue do amor escorre...

se meu poema é veneno,

é de um fantasma catártico:

um trágico, um trágico, um trágico.

Nosso destino é morrer

tragando o vinho que espera

nos olhos da ânsia da fera...

Sim, meu poema é veneno,

licor de rosa indefesa:

tristeza, tristeza, tristeza

Meu Blog: www.poemasdoterminoecontosdofim.blogspot.com

Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 21/09/2006
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