Mãos Vazias

Encontrei-te de mãos vazias.
Preenchi-as com meu amor.
Gritaste ao vento as alegrias
Do sentimento abrasador.
 
Estavas só na noite escura.
Lágrimas molhavam-te a face.
Parecias uma escultura:
Gélido, sem vida, fugace...
 
Durou pouco teu entusiasmo.
Dono de minhas emoções,
Observaste-me com sarcasmo,
Fugindo sem explicações.
 
Desnorteei-me. Sem destino,
Perambulei no caos do tempo,
Num torvelim de desatino.
Salvou-me de tal contratempo
Novo afeto, fiel e hialino.
 
 
   
 

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