Números

Cinco, seis, sete, oito...

A avenida não passa,

O tempo corre,

Minha alma se afoga.

Seis, sete, oito, nove...

A chuva e a tempestade,

A luz do sol fugida

Mantém a claridade.

Sete, oito, nove, um...

A vidraça chora por mim

As lágrimas contidas

Na consciência do mundo.

Oito, nove, um, dois...

O meu reflexo deságua em lágrimas.

Se desfaz em ondas.

Nas ondas da vidraça banhada.

Nove, um, dois, três...

Não sou eu que choro,

Não sou eu que clamo,

Não sou eu que me despedaço.

Um, dois, três, quatro...

Minha alma se banha na chuva.

Correndo contra um tempo inútil.

Infelizmente não sou eu que estou lá.

Luan Silva
Enviado por Luan Silva em 22/08/2010
Reeditado em 10/02/2011
Código do texto: T2452633
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