REMISSÃO
Estás presa em minha garganta
Como um nó agudo
Meu peito está sufocado
Pela covardia humana
Tão rigorosa!
Custa-me viver as dores do tempo presente
Cansado estou e imploro minha remissão
Passa de mim este cálice!
Se não puderes passar
Cumpra-me o destino dos homens
Retira-me o peso, a matéria
Pois meu corpo não mais o suporta
E alivia minh’alma
Antes que o tempo me derrote.