Inquietude
Teu passado te ronda como presente
De grego, serviço inacabado, latente
Hoje, eis tua irmã, inquietude
Por que não tem por felicidade o que já é teu?
Toma deste ente teu querido
Faz dele teu preferido
Porque o passado há que se deixar enterrado
Esta pústula que um dia teu coração roeu
Angústia de ter de traçar
Um caminho. para dois percorrer
Uma escolha dentre outra, a fazer
Hesitante seria o rumo dos passos teus?
Vence esta lástima! Coragem!
Que o que há de melhor é o momento
Que o que há de presente em teu pensamento
É o lugar para onde te diriges
É este o altar que tu, a ti mesma prometeu
E te acalmas na maresia do porto seguro
De ondas deveras dormentes
Que seguem este ritmo cadente
À procura dos braços teus
E este o altar que tu, a ti mesma prometeu.