ASAS DA ALMA
Com todos fui apenas uma prisioneira,
Mas, em tuas mãos minh’alma criou asas.
Sobrevoei com elas por sobre as casas
brancas, com patamares de amoreiras.
O crepúsculo pintava o horizonte de cores,
de uma vermelha cor de sangue bem vivo,
e rabiscos amarelos, formam um atrativo,
semelhante a um mar, de formosas flores.
Entretanto não entendeste o meu recado,
que ficou perdido entre o sussurrar do vento,
e senti meu coração doído naquele momento,
que cortastes as asas, que me havias dado.
Marco Orsi
10.08.2010