Às tuas mão

Tuas mãos foram para mim

manancial de águas limpas,

de onde nascia toda a primavera.

Repousei como se fora meu eterno recanto,

como se fosse raiar o dia para sempre!

Eram para mim como idolos sagrados,

senhoras de minha devoção.

Delas vinham os sonhos de minha alma.

De repente, um gesto!

E cobriu- se de negrura a minha alma.

Aquilo que era manancial de vida,

transformou- se em duro e negro inverno.

De onde jorrava flores, agora só há cardos,

Espinhais que cravaram- se em meu coração.

E agora como continuar minha devoção?

Lucinéia Alves
Enviado por Lucinéia Alves em 03/08/2010
Código do texto: T2417068
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