Às tuas mão
Tuas mãos foram para mim
manancial de águas limpas,
de onde nascia toda a primavera.
Repousei como se fora meu eterno recanto,
como se fosse raiar o dia para sempre!
Eram para mim como idolos sagrados,
senhoras de minha devoção.
Delas vinham os sonhos de minha alma.
De repente, um gesto!
E cobriu- se de negrura a minha alma.
Aquilo que era manancial de vida,
transformou- se em duro e negro inverno.
De onde jorrava flores, agora só há cardos,
Espinhais que cravaram- se em meu coração.
E agora como continuar minha devoção?