Sem Saída.
Sem Saída.
Onde está a alegria do passado?
Em que lugar foi morar a felicidade?
Há! Coração atordoado...
Não suporta a sua própria insanidade.
Onde está meu sol, meu mar, minha lua fulgurante?
Cadê a música? Onde está o amor?
As essências do meu jardim... Inebriantes,
E as borboletas beijando cada flor?
Do alto dos penhascos que beijam o mar
Procuro vislumbrar uma saída.
Quero criar asas... Voar,
Em direção à saudade adormecida.
Que eu sangre até morrer... Não importa!
Ninguém pode ouvir meus gemidos.
Meus gritos mudos não são ouvidos...
Quem se importa se estou viva ou se estou morta?
Então escrevo...
Meus versos viverão,
Testemunhas da minha triste caminhada.
Pare de uma vez, coração!
Deixe-me chegar ao fim da minha jornada!
Caminho com passos trôpegos para longe da esperança.
Pobre coração machucado...
Querendo voltar a ser criança,
Pulsar no peito, um ritmo cadenciado.
Sigo vazia... Só a solidão me acompanha.
Quero gritar ao mundo os sonhos meus,
E versejar bem alto,
Do alto da montanha:
Adeus! Está na hora de partir!
Só me resta deitar...
Fechar os olhos...
Dormir
Nilda Dias Tavares.