Provei tua geleira
Numa escala de zero graus
Senti tua frieza
Num beijar teus lábios
Provei uma geleira.
Quando abraçaste-me,
Pediste-me cumplicidade,
Concordei com teus mais duros desejos
Quem sabe maltratei um inocente?
Mas...o amor era imenso,
Não consegui frear, queria acompanhar-te...
Hoje, olho-te na rua a caminhar
Teus sonhos quer era para comigo estar
Transformaram-me em medos e calafrios...
Deste teu laço perfeito
Deste teu beijo doce e envolvente.
Ah! Se eu soubesse da geleira,
Desta fria, desta agonia
Em que tu envolvia-me, fugiria
E não sofreria, não tivestes
Coração, amor ou sequer compaixão.
Olho...e não vejo mais o nosso sorriso.
Então...esquecemos de nós que
Sobrevivemos ao nosso imperfeito amor,
Que juras jamais fizemos e entre
Beijos e abraços não satisfazemos
Nosso inteiro desejo de não sermos
O par que nasceu para amar.