A HORA DA ROSA
No inicio do idílio nos revezávamos
Nos papéis de rosa e relógio.
Uma hora eu era relógio e ela rosa
Noutras eu era rosa e ela relógio...
Eu era relógio quando vivia contando as horas
Tentando uma sincronia que nunca existiria
E ela rosa quando a tudo queria perfumar.
E quando eu enfeitava e fantasiava nossa relação de novo eu era rosa
E ai vinha ela de relógio cuco nos chamando para a razão num supetão
Cansando inclusive o meu paciente coração e o seu incansável tesão.
E vivíamos em contradição, alternando estado de harmonia e supremacia
Mas éramos uma unidade absoluta quando nos amávamos...
E até esquecíamos que a rosa murcha e o relógio atrasa.
ANTOLOGIA DO II CONCURSO DE POESIAS DA REVISTA LITERÁRIA. São Paulo: Scortecci Editora, 2011.
No inicio do idílio nos revezávamos
Nos papéis de rosa e relógio.
Uma hora eu era relógio e ela rosa
Noutras eu era rosa e ela relógio...
Eu era relógio quando vivia contando as horas
Tentando uma sincronia que nunca existiria
E ela rosa quando a tudo queria perfumar.
E quando eu enfeitava e fantasiava nossa relação de novo eu era rosa
E ai vinha ela de relógio cuco nos chamando para a razão num supetão
Cansando inclusive o meu paciente coração e o seu incansável tesão.
E vivíamos em contradição, alternando estado de harmonia e supremacia
Mas éramos uma unidade absoluta quando nos amávamos...
E até esquecíamos que a rosa murcha e o relógio atrasa.
ANTOLOGIA DO II CONCURSO DE POESIAS DA REVISTA LITERÁRIA. São Paulo: Scortecci Editora, 2011.