MEU CALVÁRIO

Quantas avenidas nesta cidade,

quantos carros em velocidade,

tantas vezes nelas caminho,

e tantas vezes, às vezes, me desalinho.

Afogado num copo de vinho,

sufocado num terno de linho,

lágrimas nos olhos, risos soltos;

aos olhos dos passantes,

aos teus olhos estonteantes.

Mais pareço um marginal,

caminhando entre ventos e folhas,

fumaça e barulho infernal,

até chegar ao fim.

De um dia e de uma avenida

e cair num canto quase sem vida...

Aparecido Januário da Silva

MEMBRO DA COMISSÃO DO CAFÉ, POESIA & CIA.

cidojan@yahoo.com.br

CAFÉ POESIA E CIA
Enviado por CAFÉ POESIA E CIA em 22/07/2010
Código do texto: T2393709