Grito de socorro
Sou mulher e feminina
E isso o agride e o anima
A querer marcar território
Através da opressão
Do falso amor vestido na obsessão
Não me limito a um dormitório
E não aceito ser subjugada
Agressões físicas e verbais não adiantam
Quero ser feliz e independente
Ter o direito de crescer e trabalhar
Mesmo que retalhe todo meu corpo
Com a vil adaga de sua ignorância
Que queime minha pele
Com o ácido ou o álcool de seu ódio
Não deixarei de ser mulher
Poderá calar a minha boca
Matando o meu corpo
Mas lhe restará apenas o vazio do nada
A provar que o amor não é possessão
Nem tão pouco a cela escura de uma prisão